Estatutos do Clube dos Makavenkos (1900)
Estatutos do Regimento Makavenkal, Lisboa, Tipografia Expresso, 1900, 16 páginas. No final, surge a
direcção do Clube: Alfredo Ribeiro, Marquês de Angeja, Ângelo de Sarrea Prado, Júlio Mardel e Francisco
Grandela. O clube fundado em 1884 por Francisco Grandela e mais 12 amigos que gostavam da boa vida,
boa comida e mulheres. Pelos estatutos, os sócios não ultrapassavam o número 13, mas podiam levar
convidados. Todos eram iguais perante a sopa, o copo e as makavenkas e nenhum podia namoriscar com a
mesma por mais de 15 dias. Findo este período ela seria declarada “praça aberta” e ele, se insistisse,
levava o título de “lamechas” e a intimação para pôr fim ao relacionamento em 24 horas. Funcionou no
Palacete do Conde de Antas e noutros locais, até Grandela comprar o terreno do velho Teatro Condes e
mandar reconstruí-lo em 1888, reservando a cave para prazeres ligados ao teatro, que enchia de autores,
actores e actrizes. Ali se implantou a sede makavenkal para jantares, festas, banquetes e, mesmo,
sessões de espiritismo, por onde passou uma boa parte da alta sociedade e da intelectualidade masculina.
Peça da maior raridade. Não consta dos catálogos da Biblioteca Nacional