António Pereira de Figueiredo – A Bíblia Sagrada (1794-1807)
A BIBLIA SAGRADA. Traduzida em portuguez segundo a Vulgata Latina
illustrada com prefações, notas e lições variantes, dedicada ao Principe Nosso Senhor por Antonio Pereira
de Figueiredo Deputado da Real Meza da Commissão geral sobre o exame e censura dos livros. Edição
Nova pelo texto latino que se lhe ajuntou e pelos muitos lugares que vão retocados na Tradução e Notas.
LISBOA, MDCCXCIV [1794-1797, 1800, 1803, 1807, 1818 e 1819.] Na Officina de Simão Thaddeo
Ferreira. Com licença da sobredita Real Meza, e Privilegio Vendese na Loge da Viuva Bertrand e Filhos, aos
Martyres.
In 4º; 7 vols, 28,3x22,2 cm. com xcviii, 610; 733, [i]; 738; 658; 569, [i]; 610 e 399, [i], xi,[i], xiv, xx,
xiv, xiii, xvii, xiii págs. B.
O VI volume foi impresso Na Oficina da Viúva Neves e Filhos.
Folhas de rosto gravadas em chapas de aço por Fróis e desenhadas por Silva em todos os volumes. As
folhas finais do último volume contêm os índices dos capítulos dos sete volumes.
Trata-se da quarta edição da primeira tradução para português da Bíblia, publicada em Portugal. É uma
edição bilingue com o texto da vulgata latina em colunas na parte interior das páginas, ladeadas por
colunas com a tradução em português e com numerosas notas em duas colunas por baixo das anteriores.
A 1.ª edição desta tradução data de 1772-1790, 2.ª edição 1791-1805 em 17 volumes, 3.ª edição em
1794-1819 (1ª Bilingue) a 5.ª em 1803 [?]. Em 1821 foi publicada a 6.ª edição, a primeira publicada em
Inglaterra. Posteriormente foi reeditada muitas vezes em Portugal, no Brasil e em Inglaterra, em separado
ou com o Antigo Testamento.
Tradução de boa qualidade que exerceu grande influência na Igreja portuguesa, na literatura e no ensino.
António Pereira de Figueiredo (Mação, 1725 – 1797) da Congregação do Oratório de Lisboa, da qual saiu
em 1769 para o estado de Presbítero secular. Foi deputado da Real Mesa Censória, sócio da Academia Real
das Ciências de Lisboa. Considerado um dos maiores latinistas da Europa no século passado, tornou-se
célebre pelos seus escritos teológicos, muitos deles em defesa da política do Marquês de Pombal. Hoje em
dia é, no entanto, mais lembrado por ser o autor da segunda tradução da Bíblia em português, sendo o
texto mais usado desde o final do século XVIII até ao início do século XX.
Excelente exemplar em brochura, não ostenta no entanto, o retrato gravado do Príncipe D. João
desenhado e gravado por Frois que normalmente aparece no anterosto do primeiro volume.
Herculano Alves - A Bíblia em Portugal. Volume V, A Bíblia nos Séculos XVIII-XIX. Edições Esgotadas.
Lisboa. 2021, p. 1297 a 1300.
Inocêncio I, 229