LIVROS
Conspiração da Rua Formosa (1823)
Sentença proferida na Casa da Suplicação, contra os réus da conspiração intentada contra o Governo, com
o fim de destruir o actual sistema, Lisboa, Tipografia de J. F. M. de Campos, 1823, 18 páginas;
Trata-se da primeira tentativa de restauração do absolutismo depois da evolução de 1820. A denúncia
desta conspiração foi feita pelo marechal de campo Luís do Rego Barreto que encarregou da pesquisa e
indagações deste negócio Rodrigo da Fonseca Magalhães. A chamada conspiração da Rua Formosa,
descoberta em Abril de 1822, tinha como plano dissolver o Congresso, convocar Cortes com duas câmaras,
sendo uma privativa da nobreza hereditária, depor D. João VI nomeando em seu lugar D. Carlota
Joaquina, assistida de um conselho de regência, e dar ao infante D. Miguel o comando em chefe do
exército — foi atribuída pela opinião pública a D. Carlota Joaquina. A sentença final foi proferida um ano
depois, em 7 de Maio de 1823, condenando apenas dois indivíduos, um a degredo perpétuo e outro a
degredo por cinco anos, penas que não cumpriram pela vitória da Vila-Francada. Peça muito rara e
importante para a História da implantação do Liberalismo.
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