Leilão - LIVROS

Publicação periódica de Divulgação Científica (1925)

Ciência para Todos, nº 1, de 15 de Janeiro, ao nº 19, de 17 de Setembro de 1925, encadernados. Rara

publicação científica de divulgação científica dirigida por Mariotte, isto é, pelo padre Amadeu de

Vasconcelos, um dos fundadores do Integralismo Lusitano. Esta é a segunda série completa. Publicou-se

antes uma série em 1910.

Fotografias eróticas (anos 20 e 30 do século XX)

Conjunto de 18 fotografias eróticas, dos anos 20 do século XX, de grande qualidade.

Peças de colecção.

Agostinho da Silva; 1ªs edições

- Glosas I, Lisboa, Seara Nova, 1934, 16 páginas.

- Glosas II, Lisboa, Seara Nova, 1934, 30 páginas.

- Glosas III, Lisboa, Seara Nova, 1934, 23 páginas.

- Vida de Moisés, Lisboa, Seara Nova, 1938, 79 páginas.

- Vida de Lincoln, Lisboa, Seara Nova, 1938, 110 páginas.

- Vida de Franklin, Lisboa, Edição do Autor, 1942, 117 páginas.

Uma Viagem a Espanha e Portugal em 1531-1533

Cláudio de Bronseval — Peregrinatio Hispânico — Voyage de Dom Edme de Saulieu, Abbé de Clairvaux, en

Espagne et au Portugal (1531-1533) — Introduction, traduction et notes par Dom Maur Cocheril, Paris,

1970, 2 tomos, com 854 páginas com numeração seguida.

D. Edmundo, de Saulieu, abade de Claraval, foi mandado pelo Capítulo Geral Cisterciense, reunido em

Cister no ano de 1531, visitar os mosteiros cistercienses de Espanha e Portugal. Entre 5 a 25 de Agosto de

1532 visitou Odivelas e Almoster, de 14 a 29 de Outubro visitou Évora, e, de 8 de Novembro a 21 de

Fevereiro de 1533 visitou quantos mosteiros lhe ficavam no caminho entre eles os de Alcobaça, Tomar,

Seiça, Coimbra, Maceira, Dão, Arouca, Tarouca, Salcedas, Bouro, Fiães no Alto Minho, Júnias em Trás-os-

Montes, Santa Maria de Aguiar e os demais da Beira, Portalegre, Avis até Évora onde então poisava a

Corte, dali saindo a 15 de Março direito a Castela e atravessando o Caia junto a Elvas no dia 17. Trata-se

de um precioso testemunho contemporâneo e categorizado do que era a vida em Espanha e Portugal nos

anos de 1532-1533.

José da Silva Carvalho e o seu Tempo

António Viana, José da Silva Carvalho e o seu Tempo, Compilação anotada por… sócio correspondente da

Academia Real das Ciências. Documentos para a História Contemporânea. Lisboa. Imprensa Nacional.

1891-1894, 3 Volumes com 510, (iii)-512 e (iii)-210 páginas, bem encadernados. Dedicatória autógrafa de

António Viana. Ilustrado com uma fotografia de José da Silva Carvalho (1782-1856) no primeiro volume e

duas gravuras de miniaturas de Silva Carvalho e de Agostinho José Freire. Fac-simile desdobrável em

extratexto do manuscrito do Imperador D. Pedro IV com instruções da expedição militar ao Algarve seguido

de um aditamento escrito por Silva Carvalho no Volume I. Fac-simile desdobrável em extratexto do

documento autografo em que o Imperador D. Pedro autorizou a supressão dos conventos de religiosos,

bem como de outras reformas radicais. O volume II apresenta um quadro sinóptico desdobrável com a

constituição dos ministérios de Dom Pedro e de D. Maria II desde 15 de Outubro de 1833 até 10 de

Setembro de 1836. No volume final (suplemento) publica-se em apêndice o Catálogo da Livraria de José da

Silva Carvalho, feito por Inocêncio Francisco da Silva. Durante o período da Guerra Liberal foi Ministro da

Fazenda, foi vice-presidente da Câmara dos Pares, membro da Academia Real das Ciências, e Grão-mestre

da Maçonaria. Obra importante para o estudo da das Guerras Liberais e da implantação do Liberalismo em

Portugal.

Óscar Monteiro Torres

Raríssimo manifesto deste pioneiro e herói da aviação, o primeiro e único aviador português morto em

combate aéreo. Publicado quando se refugiu em Inglaterra, em 1915, ao defender a intervenção

portuguesa na guerra, oferecendo-se para combater nas tropas expedicionárias britânicas que estavam em

França, tendo sido considerado desertor no nosso País. A deposição do general Pimenta de Castro, a 14 de

Maio daquele ano, permitiu-lhe regressar a Portugal e sendo o novo Governo favorável a uma participação

nacional mais activa na guerra, ajudou Norton de Matos, ministro da Guerra, a preparar a intervenção do

Exército. Documento histórico da maior raridade.

O Hissope (Manuscrito do século XVIII)

Importante manuscrito do poema herói-cómico O Hissope, de António Diniz da Cruz e Silva.Com 105

páginas numeradas. Escrito em 1768 parodiando a disputa entre o Bispo de Elvas e o Deão da Catedral, só

foi impresso em 1802, em Paris, e não em Londres como se diz no frontispício. Circulou em versões

manuscritas, por vezes com diferenças. Este volume, escrito de uma só mão e muito legível, apresenta no

meio outro caderno, com 36 páginas inumeradas com letra diferente e a indicação «acréscimo»; o volume

tem anotações a lápis, feitas possivelmente por algum dos eruditos que organizaram edições anotadas,

como José Ramos Coelho, Adriano Gomes. Raro e importante para o estudo desta obra literária.

Rafael Bordalo Pinheiro

Dois bilhetes postais ilustrados com desenhos de Rafael Bordalo Pinheiro, Um do jornal A Paródia e outro

com uma página do António Maria.

Livro erótico português (1898)

D. Remígio Ralleva, Dos Nabos e Tomates e algumas considerações acerca do Pepino, Lisboa, Tipografia

Libânio da Silva, 1898, 14 páginas, ilustrado.

Raríssimo livrinho erótico e satírico, da autoria do agrónomo Artur Alberto de Avelar. 1ª edição, sendo a 2ª

de 1901. Obra muito cuidada graficamente, com artísticos e sugestivos desenhos

Ode a Príapo, de Piron. Edição numerada

Alexis Piron, Ode a Priape, Paris, ED YGREC, 1958, 40 páginas inumeradas; Edição reservada, fora do

circuito comercial, com uma tiragem de 77 exemplares, de que este é o exemplar nº 17. Composição

erótica clássica.

Alfredo de Andrade, pioneiro do restauro de monumentos

- Manuel Bernardes Branco, Alfredo de Andrade português restaurador de monumentos antigos em Itália, Lisboa, Tipografia Castro Irmão, 1879, 13 páginas.

- Francesco Crandini, La Rocca e il Borgo Medioevali eretti in Torino dalla Aezione Storia dell’Arttye. La Figura e Opera di Alfredo D’Andrade, Francesco Viassone Tipografo Editore in Ivrea, 1925, 55 páginas.

- Três Dúzias de Esboços de Paisagens dos Álbuns de Alfredo D’Andrade, Lisboa, Tipografia Gomes & Rodrigues, 1952, 40 páginas. Com dedicatória de Ruy de Andrade.
Alfredo de Andrade, arquitecto e proprietário da herdade de Fontalva, em Barbacena, foi em Itália considerado o fundador do moderno restauro de monumentos.

Diploma Maçónico de Lourenço Marques (1914)

Diploma de Mestre Maçon pada Loja «Primeiro de Janeiro», de Lourenço Marques, datado de 2 de Julho de

1914, referente a César Lopes Júnior. Esta Loja seguiu a cisão de 1914, do Supremo Conselho do Rito

Escocês, seno assinado pelo futuro general João Pinto de Magalhães. Com todos os selos e assinaturas dos

dignitários responsáveis. Muito raro.

Estado Novo – Centro de Estudos Político-sociais

12 livros publicados pelo CEPS, da União Nacional, sobre diversos temas de política, economia e cultura. O

CEPS foi fundado pela Portaria n.º 15737 de 18 de Fevereiro de 1956, com o objectivo de "coordenar,

estimular e promover o estudo dos fenómenos políticos e sociais verificados em comunidades formadas em

territórios ultramarinos ou relacionados com esta", examinando em particular as características e os

resultados da actuação portuguesa nesses mesmos territórios. A lei estabelecia as seguintes áreas de

investigação a desenvolver no âmbito do CEPS: "os estudos de demografia do ultramar português"; "o

estudo das doutrinas estrangeiras que visem os territórios ultramarinos ou que neles possam ter

projecção"; "os estudos de antropologia cultural. Obras importantes para o estudo do Estado Novo.

Colonialismo em África.

Vários editores, Colonialism in Africa, Cambridge, Cambridge University Press, 1969-1973, 5 volumes com

532, 563, 455, 717 e 552. Encadernações editoriais com sobrecapa. Cada volume dedicado a um tema:

História e Politicas do Colonialismo (1870-1914) Vol. I e II); Sociedades Africanas e Domínio colonial (Vol.

III); A Economia do Colonialismo (Vol. IV) Guia Bibliográfico da África Sub-saariana (Vol. V). Monumental

obra publicada pela Universidade de Cambridge, ainda hoje fundamental para o estudo do colonialismo em

África a partir de 1870. Com amplas referências a Portugal.

Galeria dos Criminosos célebres Portugueses (1896-1908)

Galeria dos criminosos célebres em Portugal: história da criminologia contemporânea sob o ponto de vista

descritivo e científico / dirigida por Eduardo Fernandes (Esculapio) e J. Santos Júnior (Santonillo);

colaborada na parte cientifica pelos mais ilustres médicos-psicólogos e na parte de investigação por R. J.

Ferreira e A. Morgado, obra publicada em fascículos, ilustrada com estampas em separado (fotogravuras),

a maioria representando criminosos Esta obra foi quinzenalmente em fascículos, entre 1896 e 1908, pelo

editor António Palhares, tendo sido organizada em 7 volumes: I, 200 páginas, II, 191 páginas; III, 239

páginas; IV 241 páginas; V, 190 páginas; VI 191 página; VII, 200 páginas. Encarnados em dois volumes,

Todos os volumes com Índice de texto e de ilustrações, com um índice geral no último volume. Esta obra é

particularmente apreciada e procurada pelos retratos dos criminosos, em fotogravura em papel couché. É

muito difícil de aparecer completa, dado ter sido publicada em fascículos. Este exemplar é, apesar de

algumas falhas o mais completo que apareceu no mercado nos últimos anos. Só a aparecem volumes

soltos. Apresenta os VII volumes, com as seguintes falhas; Vol I falta das páginas 77 a 84 e de 4 gravuras;

Vol. II falta 1 gravura; Vol. III, falta 1 gravura; Vol. IV, completo; Vol. V, falta 1 gravura; Vol. VI, faltam 2

gravuras; Vol. VII, faltam 2 gravuras. A obra apresenta 157 gravuras, na maior parte retratos de

criminosos portugueses, Obra raríssima, e muito procurada.

Mário Saa- escritor modernista

Dois curiosos documentos pessoais de Mário Saa. Um dos mais originais escritores modernistas

portugueses e amigo de Fernando pessoa: o cartão de sócio da Associação de Estudantes do instituto

Superior Técnico (1913), e o cartão de leitor da Biblioteca Nacional (1924).

Ambos com fotografia

Coimbra

- Carnet com 10 bilhetes-postais (completo) editados por Alberto Malva.

- 22 postais do senatório de Coimbra.

- Carnet desdobrável com fotografias e Coimbra, editado pela Havanesa Central, com texto de Eugénio de Castro.

- Número único de «Associação Académica», de 7 de Mio de 1933, sobre a Associação Académica de Coimbra.

- Tuna Académica de Coimbra, Viagem à Madeira e Açores, Coimbra. Atlântida (1936).

Companhia da Capitania Mor de Ordenanças de Portalegre (1828-1833).

Livro manuscrito pelo Alferes Manuel José Cerejo, para a revista de Abril de 1828, quando D. Miguel

assumiu a realeza. Livro com rosto iluminado, com 192 folhas numeradas e rubricada. Com todos os

efectivos da Companhia, com o nome, idade, estado, filiação, profissão, naturalidade, datas de alistamento

e observações, rua a rua. As anotações vão até 1833, o que permite seguir a evolução da companhia.

Fonte da maior importância para o estudo não só desta unidade, mas também da realidade local durante a

Guerra Civil. As Ordenanças foram extintas em 1833.

D. Pedro V

Júlio de Vilhena, D. Pedro V e o seu Reinado, Volume I, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1921,

399opáginas; D. Pedro V e o seu Reinado. Novos Documentos. Suplemento, Coimbra, Imprensa da

Universidade, 1922, 185 Páginas; D. Pedro V e o seu Reinado, Volume II, Coimbra, Imprensa da

Universidade, 1921, 463 páginas. Encadernados em dois volumes. Obra completa e muito procurada.

Guia e Manual do Cultivador (1850)

José Maria Grande, Guia e Manual do Cultivador, 2ª edição com correcções, Lisboa, Tipografia do

panorama, 1950, 2 volumes com 377 e 451 páginas, encadernações da época inteiras de pele. Obra

fundamental do fundador do Ensino Agrícola em Portugal.

O Cerco do Porto

Hugh Owen, o Cerco do Porto contado por uma Testemunha, Porto, Renascença Portuguesa, 1915, 351

páginas, prefácio e notas e Raul Brandão. Bem encadernado. Uma das obras mais apreciadas sobre o Cerco

do Porto durante as Lutas Liberais.

Sexualidade

P. Garnier, Onanisme seul et a deux. Sous toutes ses formes et leurs Conséquences, Paris, Garnier Frères

Libraires-Éditeurs, 1890, 502 páginas, encadernação da época. Obra muito polémica na época, sobre um

tema tabu.

Almanaque Militar para 1818

Almanaque Militar ou Lista geral dos Oficiais do Exército e Portugal referido ao 1º e Janeiro de 1818,

Lisboa, Por Manuel Pedro Lacerda, 214 página, encadernado. Lista de antiguidades, com todas as unidades

e respectivos oficiais, Veteranos, Praças, estados maiores das Províncias, etc. Estes almanaques são muito

raros e procurados.

Obra capital da Filosofia Portuguesa do Século XIX

Pedro de Amorim Viana, Defesa do Racionalismo ou Análise da Fé, Porto, Tipografia de F. G. da Fonseca,

1866, 364 páginas, encadernado.

Pedro de Amorim Viana (1822-1801), matemático e filósofo, afirmou-se como uma figura cimeira do

pensamento especulativo português oitocentista. Foi o fundador do núcleo contemporâneo português de

Filosofia e por muitos considerado o "primeiro filósofo nacional". Esta é a sua grande obra.

Revolução Liberal 1820-1821 – Diário do Governo

Diário do Governo, nº 1, de 16 e Outubro, ao nº 65, d 30 de Dezembro; nº 1, de 1 de Janeiro ao nº 101,

de 30 de Abril de 1821. Mudou para Diário da Regência, com o nº 37, de 12 de Fevereiro de 1921.

Conjunto seguido do órgão oficial do governo liberal, fundamental para o estudo dos primeiros meses do

novo governo após a Revolução de 24 de Agosto de 1820. Com algumas manchas no último número.

Encadernado. Raro.

Júlio de Castilho – Ribeira de Lisboa

Júlio de Castilho, Descrição Histórica da Margem do Tejo desde a Madre de Deus até Santos-o-Velho. 2ª

edição. Revista e ampliada pelo autor e com anotações de Luiz Pastor de Macedo. Publicações Culturais da

Câmara Municipal de Lisboa. Lisboa. 1940, 1941, 1942, 1943, 1944. 5 volumes com 305, [iv]; 288, [i];

289, [iii]; 334, [iii]; 376 páginas. Ilustrado em extratexto com fotografias, pinturas, mapas e gravuras

sobre papel couché, um retrato do autor, e alguns desdobráveis com plantas. Obra de referência na

Olissipografia.

Portugal e a Grande Guerra

Alferes Assis Gonçalves, Retalhos da Grande Guerra. Na Ceplândia, Porto, Oficinas de S. José, 1920, 330

páginas, ilustrado, encadernado com decoração na lombada alusiva – um capacete militar. Uma das obras

mais interessantes de militares que serviram em França, neste caso de Assis Gonçalves que será secretário

particular de Salazar.

Guerra da Patuleia

Manuel Lobo da Mesquita Gavião, Exame Histórico da Sessão Parlamentar do ano de 1846, Lisboa,

Imprensa Nacional, 1846, 132 páginas, encadernado. Com dedicatória autógrafa do autor a Rodrigo da

Fonseca Magalhães. Obra importante para a história política do cabralismo e da revolta anti cabralista.

Os Polacos nas Guerras Liberais

Henrique de Campos Ferreira Lima, Legião Polaca ou Legião da Rainha Dona Maria Segunda (1832-1833),

Famalicão, Tipografia Minerva, 1936, 140 páginas, bem encadernado. 2ª edição, ampliada, preferível à 1ª

de 1932. Com dedicatória autógrafa do autor ao general Lobato Guerra, e um cartão de visita do autor,.

Rara obra, de escassa tiragem, sobre a participação de polacos no exército liberal durante as Guerras

Liberais.

Crónica de D. João I

Crónica de D. João I de Fernão Lopes, Porto, Livraria Civilização, 1945, dois volumes com 445 e 493

páginas, brochado. Trata-se da muito apreciada edição organizada e prefaciada por António Sérgio.

José Leite de Vasconcelos

- Emblemas de Alciati explicados em Português. Manuscrito do Século XVI-XVII ora trazido á Luz por J. Leite de Vasconcelos, Porto, Renascença Portuguesa, 1917, 109, páginas. Raro.

- José Leite de Vasconcelos. Livro do Centenário (1858-1958), Lisboa, Imprensa Nacional, Faculdade e Letras de Lisboa, 1960, 269 páginas. Com toda a bibliografia de Leite de Vasconcelos.

- Cartas de Leite de Vasconcelos a Martins Sarmento (Arqueologia e Etnografia) 1879-1899), notas de Mário Cardoso, Guimarães, Sociedade Martins Sarmento, 1958, 226 páginas.

- Cartas de Leite de Vasconcelos a António Tomás Pires (Folclore, Filologia, Etnografia e Arqueologia) (1882-1913), prefácio e notas de Eurico Gama, Lisboa, Faculdade de Letras de Lisboa, 1964, 327 páginas.

- João de Loureiro Saavedra Machado, o professor Leite de Vasconcelos como Historiador, Lisboa, I Congresso de Arqueologia, 1959, 6 páginas.

História das Revoluções em Portugal

Abade Vertot, História das Revoluções de Portugal, Lisboa, Tipografia Rolandiana, 1815, 2 volumes, com

203 e 165 páginas, encadernados em conjunto, em inteira de pele. Tradução e notas de Frei Mateus da

Assunção. Esta obra, publicada em 1690, em francês, era um relato dos acontecimentos que levaram à

Restauração de 1640 e às guerras subsequentes. Frei Mateus da Assunção Brandão, monge benedito e

Doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra). Natural de Valença do Minho, veio a morrer em

Outubro de 1837, em Roma, para onde teve de emigrar por razões políticas em 1834. Defensor do

absolutismo, foi pregador régio, deputado da Junta de Exame e Melhoramento Temporal das Ordens

Religiosas, ministro do Nunciatura Apostólica, censor régio para exame e censura dos livros. Esta edição é

enriquecida pelas extensas notas do tradutor.

Voluntários Franceses nas Guerras Liberais

Henrique de Campos Ferreira Lima, Batalhão de Voluntários Franceses de Remorino ou de Peniche,

Coimbra, Imprensa da Universidade, 1934, 88 páginas, encadernado. Tiragem de Apenas 100 exemplares.

Dedicatória autógrafa do autor. Raro estudo desta unidade de estrangeiros integrada no exército liberal

durante as Guerra Civil.

Manifestos, panfletos sindicais do período revolucionário (1974-1976)

Conjunto de panfletos de comissões de trabalhadores, comités de greve, sindicatos etc, publicados entre

1974 e 1976. Do maior interesse para o estudo do PREC.

Memórias da Preta Fernanda (1912)

A. Totta e F. Machado, Recordações duma Colonial. Memórias da Preta Fernanda, Lisboa, Oficinas da

Ilustração Portuguesa, 1912, 318 páginas mais um quadro desdobrável, encadernado.

O livro narra o percurso de Fernanda do Vale (nome que no livro é apresentado como pseudónimo literário

de Andrêsa do Nascimento), uma mulher vulgarmente conhecida na época como «preta Fernanda». Uma

portaria régia de 1880 confirmaque Andreza foi contratada para servir como modelo para a estátua a Sá da

Bandeira, que ainda hoje se encontra na Praça de D. Luís I em Lisboa. Livro raro sobre as aventuras

amorosas com retrato da protagonista, e um quadro com os seus 33 amantes

O Conde de Arnoso na China (1895)

Conde de Arnoso, Jornadas pelo Mundo. I Em Caminho de Pekin. II Em Pekin, Porto, Magalhães & Moniz

editores, 1895, 440 páginas, encadernado. Importante e rara obra sobre as relações luso-chinesas

O Conde de Arnoso, secretário particular do Rei D. Carlo, e escritor, integrou o Grupo dos Vencidos da Vida.

Das suas obras destacam-se Azulejos, De Braço Dado, A Primeira Nuvem, O Suave Milagre ou Vila Viçosa.

Partiu para Pequim em 1887, como Secretário da missão chefiada pelo Conselheiro Tomás de Sousa Rosa,

Governador de Macau entre 1883 e 1886, e que tinha como objectivo concluir e assinar o Tratado Luso-

Chinês, o que aconteceu em Dezembro de 1887. Neste ano, o rei D. Luís nomeou-o secretário da

embaixada a Pequim para apoiar a negociação do Tratado Luso-Chinês. Esta missão diplomática, à corte

imperial de Pequim, foi liderada por Tomás de Sousa Rosa, enviado extraordinário e ministro

plenipotenciário em Pequim. Dela resultou o tratado de Dezembro de 1887. Desta viagem à China, o Conde

de Arnoso registou as impressões sobre vários países e cidades por onde viajou, desde o Egipto,

Singapura, Macau, Hong Kong, Xangai, Tien-Tsin, Pequim, Japão e Estados Unidos, incluídas, em 1895, no

livro Jornadas pelo Mundo.

Livro sobre Portugal publicado na Alemanha nazi (1939)

C. Pommeranz- Liedke e G. Richert, Portugal Aufstrebender Staat and Atlantik, Berlim, Steinger-Verlage,

1939 204 páginas, encadernação editorial. ilustrado. fotografias de C. Pommeranz- Liedke . Trata-se de

uma obra sobre Portugal nos diversos aspectos, histórico, geográfico, económico, paisagístico, artístico. E

também político. Veja-se o capítulo intitulado «Gas Grössere Portugal. Der Führer: Salazar».

Camilio Castelo Branco

- António Baião, Homenagem a Camilo no seu Centenário (1825-1925), Coimbra, Imprensa da

Universidade, 1925, 198 páginas. Muito invulgar.

- Catálogo do Museu Camiliano de São Miguel de Seide, Famalicão, Tipografia Minerva, 1924, 16 páginas.

- Alfredo de Pratt, Memórias biográficas d Camilo castelo Branco I A Fecundidade literária d camilo,

Coimbra, Casa Minerva, 1906, 41 páginas.

- António da Costa Torres, Camilo Castelo Branco e as Boticadas do Eusébio Macário, Lisboa, Sociedade

Astória, 1950, 142 páginas.

Carlota Joaquina na América

J. M. Rubio, La Infanta Carlota Joaquina y la Política de España en América (1808.1812), Madrid, Biblioteca

de Historia Hispano-Americana, 1920, 305 páginas, Brochado. Obra da maior importância sobre a acção

política de Carlota Joaquina a partir do Brasil, e dos seus manejos e ambições tanto na América como em

Espanha.

Manuscrito com apontamentos sobre a Câmara dos Pares (1900)

Caderno com o timbre da Câmara dos Pares, datado pelo conteúdo de 1900, com notas e apontamentos

sobre diversas matérias ali discutidas, com observações muito críticas em especial sobre assuntos militares

e de política internacional. De autor desconhecido, mas certamente membro da Câmara.