APLARTE

Lote - Carta do escritor, político e economista Anselmo de Andrade (1844 – 1928)

  • Lote Terminado
Lote 1 de 42
Leilão: 3715 | Lote: 113507 | Licitações: 17

LIVROS E MANUSCRITOS

Carta do escritor, político e economista Anselmo de Andrade (1844 – 1928) ao seu amigo Antero de

Quental, sobre a publicação dos Sonetos deste. – 4 páginas - Diz-lhe que os Sonetos são “o verdadeiro

poema do nosso século”, pois neles se reflecte tudo o que se pensa e sente no século XIX, ainda que os

versos exprimam também as evoluções do espírito e as angústias de uma alma de eleição como a de

Antero. Depois de elogiar a superioridade das concepções, a variedade de sentimentos e a verdade de

expressões, tudo coroado por um primoroso cinzelado e uma forma perfeitíssima, declara que não

escreverá um artigo sobre os Sonetos, pois para os “comemorar pontificalmente” basta o O. M. (Oliveira

Martins). Termina pedindo a Antero que não faça outro tanto a propósito da “Hespanha” que ele, Anselmo

de Andrade, está em vias de publicar, pois esse livro precisa da “tua grande prosa de garrida e solemne

apresentação” – Anselmo de Andrade, um dos escritores da “Geração de 70”, foi amigo e colega de curso

de Antero e de Eça de Queirós. Segundo Trindade Coelho, Antero e Anselmo de Andrade, nos seus tempos

de Coimbra, fundaram uma loja maçónica (Trindade Coelho, In Illo Tempore). Uma das primeiras

produções filosóficas de Antero foi “O Sentimento da Imortalidade”, escrito em forma de carta a Anselmo

de Andrade. Nesta época, o amigo de Antero e futuro Ministro das Fazenda (em 1900 e em 1910), estava

a finalizar o seu livro “Viagem na Hespanha”, a que Pinheiro Chagas dedicou vários artigos na “Ilustração

Portugueza” de 1887.

Vendido por 120.00 EUR

Adicionar a Favoritos