Revista Brasil-Portugal (1899-1914)
Notável revista, imprensa em papel couché, sobre actualidades portuguesas e a nossa relação com o
Brasil. Uma das mais importantes e ricas sob o ponto de vista iconográfico, Nº 1, de 1 de Fevereiro de
1899 ao nº 360, de 16 de Janeiro de 1914. Encadernações do editor, em XV Volumes. Publicou-
se em Lisboa, quinzenalmente, Ao longo dos quinze anos de vida, o corpo directivo original manteve-se
inalterável, sendo constituído por: Augusto Castilho, Jayme Victor e Lorjó Tavares. Em 1912, por razão da
morte do primeiro, João de Vasconcelos substituiu-o e juntou-se ao directório.
Publicação conheceu dois momentos distintos que tiveram na implantação da República a sua linha de
fronteira: primeiro, como veículo de informação geral e entretenimento, depois como plataforma de
oposição. No momento do seu lançamento, a revista afirmou-se como um produto dirigido
às elites, especialmente as da comunidade portuguesa no Brasil e das colónias, que procura conquistar
através de textos de temática diversa – história, literatura, arte, etnografia, sociologia, religião, sociedade,
etc. , de boa qualidade e ainda melhor ilustrados. A Brasil-Portugal é um autêntico
álbum de memórias visuais, o que só por si é garantia do seu potencial interesse enquanto fonte de
informação. No primeiro ano, a direcção artística da Brasil-Portugal esteve confiada a Celso Hermínio. A
revista contou com a colaboração de Alfredo Cândido, A.C. Lima, Bobone, Arnaldo Fonseca,
Camacho, Carlos Abreu, Carlos Pereira Cardoso, Fidanza, J. Benoliel, Joaquim Costa, Loz Marinho, Roque
Gameiro, entre outros. No centro da sua atenção estavam as relações luso-brasileiras. O enfoque na
economia, faz da Brasil-Portugal uma preciosa fonte de informação sobre empresários e
empresas, bancos e gestores financeiros, associações de classe e instituições. Destaca-se também a
secção Galeria de imprensa, onde se publica uma série de artigos da redacção sobre jornais e jornalistas
dos dois lados do Atlântico.
