Jornais de extrema-direita após o 25 de Abril
Bandarra
Nº1 (21 de Setembro) e nº 2 (28 de Setembro). Tinha como director Miguel Freitas da
Costa e como principal colaborador Manuel Múrias. Era propriedade da Editorial
Restauração, de António Cruz Rodrigues, ligada ao grupo da revista católica
«Resistência», ao qual esteva ligado Pedro Soares Martinez, Filipe de Bragança e o
conde de Caria. António Maria Pinheiro Torres era o administrador. Foi financiado
pelo Banco Pinto e Sottomayor. Combateu abertamente o 25 de Abril, em especial a
descolonização e teve um papel importante na convocação da manifestação da maioria
silenciosa, em 28 de Setembro de 1974. As suas instalações foram então assaltadas e o
jornal proibido.
Tribuna Popular – órgão do Partido Federalista Português (1974)
(nº 0, 24 de Julho, nº2, de 14 de Agosto, nº 3, de 21 de Agosto, e nº 4, de 28 de
Agosto). Órgão do Partido Federalista Português-Partido do Progresso. Organização
formada depois do 25 de Abril por ex-membros da Accão Nacional, anti marcelistas e
quadros da Associação Programa, foi a organização política mais bem estruturada da
extrema-direita no período revolucionário e acabou ilegalizada na sequência do 28 de
Setembro de 1974. Entre os fundadores encontram-se Alberto Delfim, Diogo Miranda
Barbosa, Fernando Pacheco de Amorim, Fernando Sollari Allegro, Francisco Caldeira
Cabral, Joaquim Guilherme Ramos, Joaquim Seabra Ferreira, José Miguel Júdice,
José Valle de Figueiredo, José da Costa Deitado, Luís Andrade Sampaio e Melo, Luís
de Oliveira Dias, Luís Sá Cunha, Nuno Cardoso da Silva e Vasco Montes.