LIVROS
Manuscritos Mesquita Pimentel
Documentos da Família Mesquita Pimentel, que se radicou em Elvas na primeira metade do século XVI, na pessoa de Álvaro da Mesquita Pimentel (+ 15.2.1546), cavaleiro da Ordem de Santiago que casou com Constança Gonçalves (+ 13.4.1549), filha do clérigo Gonçalo Anes, a quem os historiadores de Elvas dão o nome de Gonçalo Anes do Paço, conforme uma inscrição sepulcral. Este primeiro casal está sepultado na igreja de Nossa Senhora da Assunção, que foi Sé de Elvas, em campa armoriada com inscrição epigráfica, reproduzida em várias obras que versam o património histórico-artístico de Elvas.
Junto aos manuscritos dos séculos XVI a XIX, está um maço com apontamentos genealógicos coligidos em 1926 por Carlos Fernando de Figueiredo de Mesquita Valente, descendente desta família, e um volumoso maço com transcrições dactilografadas de documentos antigos.
Ver o link com os pormenores descritivos do lote.
Maço 1:
- Elvas – Duas cópias do Testamento de Gonçalo Anes, clérigo de missa, pai de D. Constança Gonçalves, que casou com Álvaro de Mesquita. Neste testamento institui uma capela e um morgado que serão administrados por sua filha e seu genro. O testamento é de 1525, as duas cópias são datadas de 1736.
- Elvas, 29 de Agosto de 1556 – Carta de venda. Fernão Coelho, ferrador, preso na prisão de Elvas, tem dez alqueires de trigo que lhe faz de foro Francisco da Mesquita na sua herdade da Argamassa termo desta cidade os quais dez alqueires de foro que ele herdou por falecimento de Catarina Lourenço sua sogra, mulher que foi de António Fernandes Prezado os quais dez alqueires de trigo ele vendeu ao dito Francisco da Mesquita e à senhora Dona Maria sua mulher por dez mil reis brancos.
- Testamento de Francisco da Mesquita, neto de Gonçalo Anes, viúvo de Dona Catarina Anes e de Dona Maria da Mesquita, escrito por sua mão em Elvas a 1 de Janeiro de 1552 – Original e treslados feitos em 1574 e 1820. Nomeia por testamenteiros seu cunhado Gomes de Brito da Silva e seu sobrinho Luís da Mesquita, filho de Fernão da Mesquita. Deixa três mil reis a sua sobrinha Violante da Mesquita, filha de seu irmão Luís da Mesquita e de Isabel Pegada. Nomeia por herdeiro do morgado de seu avô e seus pais a seu sobrinho Luís da Mesquita, filho de seu irmão Fernão da Mesquita. Institui nova capela e morgado em várias herdades que possui e na estalagem situada à Porta de Évora, com obrigação de o herdeiro do morgado usar o apelido Mesquita. Deixa a alforria a todos os seus escravos menos um, e deixa-lhes também um legado em trigo e dinheiro e as casas em que vivem alguns deles. Declara ser sua vontade que o dito sobrinho e herdeiro do morgado case com D. Maria filha de Gomes de Brito e de sua sobrinha D. Constança.
- Treslado do testamento de Francisco da Mesquita Pimentel, cavaleiro do hábito de Cristo, marido de D. Luzia de Pavia. Deixa por administrador de toda a sua fazenda a seu irmão Gomes de Brito, cavaleiro de São João , enquanto seus filhos não se emanciparem. O testamento foi feito em Elvas no ano de 1616. Junto a este está o treslado do testamento da dita D. Luzia de Pavia, feito em Elvas no ano de 1623.
- Testamento de Lourenço Vaz dos Bogyos e de Beatriz Pegada, sua mulher, feito em Elvas a 12 de Maio de 1518. Original e treslado.
Maço 2
- Autos de sequestro nas fazendas que estão no termo de Arronches e pertenceram a Luís da Mesquita Pimentel. Com o treslado de uma provisão de El Rei D. Pedro II, datada de 1684, ordenando ao dito Luís da Mesquita Pimentel que entregasse a seu filho Fernão da Mesquita mil cruzados.
- Certidão do auto da posse que tomou o procurador de Fernando de Mesquita Pimentel de Pavia, da capela de Santo António na Sé de Elvas, em 1706.
Maço 3
- Certidão do inventário dos bens que ficaram por morte de D. Mécia da Silva, mãe de Gomes de Brito da Silva, feito em Elvas a 30 de Dezembro de 1578 – treslado feito em 1703.
- Certidão do auto de agravo ordinário, em que é agravante Luís de Saldanha da Gama e agravado Fernão de Mesquita Pimentel e Pavia (1705). Inclui o treslado do testamento que fez no ano de 1563 Violante de Brito, viúva de Francisco da Gama e irmã de D. Catarina de Brito, mulher do dr. Rui Gago. E a carta de venda de um quinhão na herdade das Pereiras em 1575.
- Certidão da folha de partilhas dos bens de Fernando de Mesquita de Brito, marido de Dona Inês da Ponte, passada em 1730.
- Certidão das fazendas que se mandaram sequestrar, pertencentes aos quatro morgados instituídos por D. Catarina de Brito. 1719.
- Certidão da sentença de partilhas de José Gomes da Silva e medição das suas propriedades. Elvas, 1701.
- Instrumento de posse de Fernando de Mesquita Pimentel de Pavia, que herdara de seu tio José Gomes da Silva e Brito as herdades das Pereiras e do Pombal, passado em 1701.
- Carta de posse e levantamento de sequestro em virtude de uma sentença alcançada por Fernando de Mesquita Pimentel e Pavia contra D. Inês Josefa de Castro e seu segundo marido Luís de Saldanha da Gama, num pleito sobre a sucessão da capela instituída por Margarida de Campos. Elvas, 1707.
Maço 4
- Sentença alcançada por D. Fernando de Brito Lobo e Sanabria contra Francisco Xavier de Mesquita sobre a sucessão do morgado instituído em Elvas por D. Catarina de Brito, viúva do desembargador Rui Gago. A sentença é de 1743.
- Carta de levantamento de sequestro de D. Fernando de Brito Lobo e Sanabria e Fernando Xavier da Mesquita, para se fazer nos bens do morgado que instituiu D. Catarina de Brito, em virtude do convénio estabelecido entre eles. Inclui vários autos de posses de herdades e terras situadas nos termos de Elvas e Campo Maior. 1744.
- Autos de posse das herdades das Pereiras, de Perdiganejo, do Pombal, do Poço do Concelho de Baixo e de Cima e do Alcaide, atribuídas a Fernando Xavier de Mesquita Pimentel de Pavia. Inclui a escritura de transacção e amigável composição entre os dois herdeiros do morgado instituído por D. Catarina de Brito, assinada em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1744.
- Cópias dos autos de posse anteriores.
- Escritura de aforamento perpétuo de uma herdade denominada do Pombal da Argamassa, situada no termo de Elvas, que faz Fernando de Mesquita Pimentel e Pavia Barreto a Francisco José Froes e sua mulher Ana do Carmo, a 30 de Setembro de 1816.
- Cópia da escritura anterior.
- Escritura de venda da herdade do Pombal de Argamassa, que fazem D. Ana do Carmo Froes, D. Umbelina Celestina Rosa Delgado, seu marido Joaquim José da Encarnação Delgado, Josué da Trindade Froes, António Joaquim Froes e sua mulher, ao comprador Barnabé Rodrigues Tenório, a 6.12.1855.
- Treslado da escritura de reconhecimento de foreiro que faz D. Maria da Conceição Rodrigues Tenório a João da Mesquita Pimentel do foro de 330 alqueires de trigo, 60 de cevada e 2 carradas de palha, imposto na herdade do Pombal de Argamassa, a 13 de Maio de 1865.
- Treslado da escritura de arrendamento por três anos das herdades da Gramicha, Poço de Concelho e de metade da herdade da Fonte Branca, de que é proprietário Francisco Bernardino de Sá Magalhães e arrendatário Adelino José Gonçalves. 6 de Junho de 1882.
Maço 5
- Sentença de Justificação dada a Fernão Nunes Barreto, pela qual se confirma que lhe pertenciam os serviços de seus dois tios, o Doutor Mem da Mota de Valadares, membro do Conselho de Portugal em Castela, e o doutor Estevão Fuzeiro de Sande, deputado da Mesa da Consciência – Inclui certidões de várias verbas de testamentos. Lisboa, 10 de Agosto de 1671.
- Testamento de D. Luísa de Souto Maior e Valadares, viúva de Pero Peixoto da Silva, Adaíl-Mór do Reino, tresladado a pedido de Luís da Mesquita Pimentel de Pavia, Tesoureiro-Mór da Sé de Évora. O testamento é datado de 2 de Setembro de 1666 e o treslado de 24 de Setembro de 1747. Acompanhado de um parecer sobre o morgado instituído por esta senhora, em benefício das suas netas, filhas espúrias de André Peixoto, cavaleiro da Ordem de Malta.
- Sentença de demarcação e divisão das terras de Miravento, no termo de Palmela, que são de Fernão Nunes Barreto, dada em 26 de Setembro de 1696.
- Instrumento de Justificação de posse que tomou João Nunes Barreto de umas fazendas pertencentes ao morgado de Mendo da Mota, em Alcácer, no dia 19 de Junho de 1733.
- Instrumento de Justificação a favor de Fernando Xavier de Mesquita Barreto, das terras de que tomou posse, nos limites de Setúbal e Palmela, por morte de João Nunes Barreto. 5 de Agosto de 1743.
- Certidão dos Autos de Apelação entre o Tesoureiro-Mór da Sé de Évora, Luís da Mesquita Pimentel e Pavia, e Fernando Barreto Peixoto, sobre a herança de D. Inês de Valadares, viúva de João Fuzeiro de Sande, datados de 26 de Novembro de 1774. A certidão é de Dezembro do mesmo ano.
Maço 6
- Treslado da escritura de aforamento em três vidas, feita a 25 de Agosto de 1791 em Setúbal, pela qual João de Mesquita Pimentel e Pavia aforou a quinta de Miraventos a José Hilário Henriques Cabral.
- Treslado da escritura de aforamento feita a dois de Setembro de 1780 em Alcácer do Sal, pela qual Fernando Barreto Peixoto aforou a quinta de Vale de Grou, no termo de Palmela, a José Hilário Henriques Cabral.
- Várias escrituras do século XIX, aforamentos, testamentos e questões judiciais respeitantes às quintas de Miraventos e Vale de Grou.
Vendido por 406.00 EUR