Leilão - LIVROS ,MANUSCRITOS E DOCUMENTOS

Guerra do Russilhão – Copiador de correspondência (1793)

Copiador original da correspondência oficial expedida por ordem do

Marechal General junto à Real Pessoa, Duque de Lafões, sobre a preparação

de Divisão Auxiliar que partiu para Espanha em 20 de Setembro de 1793. Do

maior interesse para a História Militar portuguesa e da Guerra do Russilhão.

Reserva: 80€

Voltaire. Rara edição de História de Carlos XII (1766).

Histoire de Charles XII, avec des anecdotes sur le Czar Pierre premier, &

plusieurs pièces relatives à l’histoire de Charles XII – à Genève, chez les

frères Cramer, 1766, 535 páginas. Apreciada edição desta obra, ainda em vida

do autor (morreu em 1778), com primeira edição em 1731, desta vez em um

volume, pelos Irmãos Kramer, de Genebra, editores do Candide.

Reserva: 10€

Aliança Anticlerical e Antifascista (1935-6)

Notável conjunto de documentos inéditos desta organização clandestina

republicana radical (os celebres AAA) que lutou contra o Estado Novo.

Documentos manuscritos e copiografados, com destaque para dois estudos

de emblema da organização. Do maior interesse para a História da resistência

ao Estado Novo nos anos trinta. Conjunto único.

Reserva: 50€

Folheto erótico clandestino

Folheto erótico e satírico clandestino do início do século XX. Com 8 páginas,

sem identificação de autor, data e local de impressão. Muito raro. Não existe

na Biblioteca Nacional.

Reserva: 10€

Maçonaria

Os primeiros Boletins do Grande Oriente Lusitano publicados após o 25 de Abril

de 1974. Nºs de 1979 e de 1980. De escassíssima tiragem e circulação reservada.

Propaganda Anticomunista do Estado Novo

Conjunto de folhetos e panfletos anticomunistas, alguns com desenhos, com

destaque para o manifesto do Movimento Nacional Anticomunista, organização

clandestina criada pela Legião Portuguesa.

Obra clássica do Marquês de Londonderry sobre a Guerra Peninsular (1831)

Histoire des guerres d'Espagne et de Portugal sous Napoleón (annees 1808 et

suivantes), Paris, Chez Philippe Libraire, 18312, 2 volumes, com 399 e 390

páginas. Obra publicada sem a indicação que autor, Charles William Stewart

Vane, 3.º Marquês de Londonderry (1778 —1854). Serviu em Portugal sob as

ordens de Sir John Moore e de Wellington, de quem foi ajudante em 1809, e

depois, em 1810-1911. Obra clássica muito procurada.

Reserva: 25€

Livro erótico português clandestino

Carteira de um Libertino. Leitura amena em estilo agudo. Livro com 64 páginas,

ornado com 7 gravuras eróticas. Sem data – aparenta ser do início do século XX -

local de edição fictício e autor igualmente fictício, que no rosto surge como

sendo «Chico Olhões». Da maior raridade, como ocorre com a generalidade

destas publicações e inexistente na Biblioteca Nacional

Reserva: 50€

Revista anarquista A Sementeira (1908-1913)

Colecção completa desta notável e rara revista anarquista portuguesa, que se

publicou entre Setembro de 1908 e Janeiro de 1913 num total de 52 norsos,

Dirigida por Hilário Marques, teve colaboração dos mais importantes libertários

portugueses de então, Com as gravuras em papel cuchê em suplemento, de

figuras do anarquismo internacional. Nestas condições, completa e com as

gravuras, da maior raridade. Veja-se o estudo de João Freire a na Análise Social

vol. XVII (67-68), 1981-3.°-4.º, 767-826. «A Sementeira, do arsenalista. Hilário

Marques».

Reserva: 80€

Livro erótico português (1906)

Semi-nús. Contos divertidos, da autoria de Diabo Azul. Raro livro erótico e satírico

publicado em 1906, em Lisboa, 255 páginas. Ilustrado com várias gravuras. Raro.

Não existe na Biblioteca Nacional. Com as capas de brochura. Necessita alguns

pequenos restauros.

Reserva: 10€

Invasões francesas – obra muito rara

Demonstração analítica dos Bárbaros e inauditos procedimentos adoptados como

meios de Justiça pelo Imperador dos Franceses para Usurpação do Trono da

sereníssima e Augustíssima Casa de Bragança e da Real Coroa de Portugal, Lisboa,

1810, 321 páginas. Obra publicada em que se expõe detalhadamente as razões de

Portugal e se pretende desmontar a argumentação dos franceses, sem indicação

do autor, que foi o Doutor José António de Sá, desembargador da Relação do

Porto, director da Real Fábrica das Sedas e Águas Livres e sócio da Academia

Real das Ciências de Lisboa. É a primeira edição desta obra em um único volume,

a mais rara, Houve em 1816 uma segunda edição em dois volumes que é mais

vulgar. Destaque para a gravura e homenagem a Wellington.

Reserva: 30€

Livro erótico português clandestino ilustrado

O Confessionário ou o proveito dos Frades. Livro erótico clandestino, datado de

1902, mas com local de edição suposto e com a indicação do autor – Dr. Ohlarac.

Com 37 páginas, conservando as capas de brochura, ilustrado com 12 litografias

coloridas. Peça extraordinária, dada a boa conservação, o que é raro neste tipo de

livros. Peça de colecção.

Reserva: 80€

Obra sobre uma alegada seita revolucionária (1817)

Obra do cavaleiro de Malet, Recherches politiques et historiques qui prouvent

l'existence d'une secte révolutionnaire, son antique origine, son organisation... et

dévoilent entièrement l'unique cause de la Révolution française, Paris, 1817, 278

páginas. Primeira edição desta obra clássica do pensamento contrarrevolucionário,

onde o autor pretende demonstrar que a Revolução Francesa foi preparada por uma

seita secreta desde há muito existente. Podemos dizer que é uma das obras que

inaugura a teoria da conspiração…

Reserva: 15€

Livro erótico clandestino português

Entre Lençóis. Episódios inocentes para educação e recreio de pessoas casadoiras

por Belarmino. Com local fictício de edição, e datado de «fim do século XIX», este

livro tem 123 páginas. Em excepcional estado de conservação, conservando as capas

de brochura, o que é invulgar neste tipo de obras. Não existe na Biblioteca Nacional.

Muito raro.

Reserva: 30€

Miguel Torga e Aquilino Ribeiro – 1ªas edições

Aquilino Ribeiro, Anatole France, Lisboa, 1923

Miguel Torga, Teatro. Terra Firme. Mar, Coimbra, 1941

Ensaio sobre o sistema militar de Bonaparte (1811)

Edição em português do livro do general Sarrazin, Ensaio sobre o Sistema Militar

de Bonaparte com uma breve notícia da Revolução Francesa e a Coroação de Sua

Majestade Corsa, Lisboa, Na Impressão Regia, 1811, 69 páginas, 1.ª edição. O

general Sarrazin (1770-1848) desertou em 10 de Junho de 1810 para o lado inglês,

foi condenado à morte in absentia e só regressou a França durante a Restauração.

Perdoado em 1822, exilou-se em Londres e posteriormente em Bruxelas, onde

viria a falecer. Não foi possível identificar o tradutor português que assina com as

iniciais PPV. Muito curioso e publicado em plena III Invasão francesa.

Reserva: 10€

Expedição de Napoleão ao Egipto e à Siria

Clássico livro da autoria de Jean Joseph Ader, Expédition d'Egypte et de Syrie, Paris,

Ambroise Dupont et Roret, Éditeurs, 1826. Revisto nos pormenores estratégicos pelo

general Beauvais - VIII+356 pp. Ilustrado com o retrato de Napoleão e de Kleber, e +

4 mapas, planos das batalhas das Pirâmides e de Aboukir e mapas do Egipto e da

Síria. Completo e bem encadernado.

Reserva: 25€

Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão

Livro de Bento da França, A Legião Portuguesa ao serviço do Império Francês,

Lisboa, 1889, 229 páginas. Uma das obras fundamentais e mais procuradas sobre a

Legião Portuguesa, baseado nos manuscritos de um dos eus antigos membro,

José Garcez Pinto de Madureira. Exemplar com algumas gravuras que não

pertencem ao livro mas que acabam por enriquecê-lo iconograficamente.

Reserva: 25€

Obra clássica de Carnot sobre defesa de praças fortes (1811)

De la Défense des places fortes. Ouvrage composé par ordre de Sa Majesté

Impériale et Royale, pour l'instruction des élèves du Corps du Génie. Paris,

Chez Courcier, 1811, 551 páginas. Obra clássica sobre a defesa das praças-fortes

da autoria de Lazare Nicolas Marguerite, Conde de Carnot (1753 – 1823), célebre

matemático e engenheiro militar francês da época revolucionária e napoleónica.

Segunda edição de 1811 (a 1ª é de 1810), quando Napoleão ainda era Imperador.

Obra com cotação internacional.

Reserva: 15€

Almanaques (1873-1907)

Invulgar conjunto de almanaques:

Almanaque Álbum Ilustrado para 1873 / Calendário e Folhinha Portuguesa do

Doutor Ayer para 1895 / Calendário e Folhinha Portuguesa do Doutor Ayer para

1896 / Almanaque dos Palcos e Salas para 1909 / Almanaque miniatura da Nestlé

para 1907 (muito curioso e raro)

Júlio Pomar – postal comemorativo do 5 de Outubro de 1946

Curioso e rapo postal ilustrado emitido em 1946 para assinalar o aniversário da

proclamação da República. Nessa época, Júlio Pomar apoiava publicamente o

Movimento de Unidade Democrática

Reserva: 10€

D. João VI – manifestos a favor da Constituição (1823)

Dois manifestos originais, datados de 4 e 22 de Março de 1823, em que D. João VI

condena a revolta absolutista transmontana e elogia a Constituição. Pouco tempo

antes da Vila-Francada, que acabará por apoiar. Documentos muito curiosos

Lei dos Forais de 5 de Junho de 1823

Explanação à Lei de 5 de Junho de 1823 sobre a reforma dos Forais, Lisboa, 1822, 24

páginas. Seguida de índice das terras que tem forais, com 15 páginas. O autor,

indicado no final é Franco Francisco Soares Franco (1771-1844), notável médico e

escritor. Deputado pela Estremadura às Cortes Constituintes de 1821. Jubilado com

metade do vencimento em 1821 pelas suas ideias liberais e reintegrado mais tarde.

Foi o primeiro Presidente da Sociedade das Ciências Médicas, criada em 1822.

Reeleito Deputado em 1826. Os seus bens foram mandados apreender por Aviso

Régio de 21.12.1833. Reabilitado, foi nomeado em 1838 para redigir, com muros, a

Pharmacopea Lusitana, publicada em Lisboa em 1841.

Reserva: 10€

Gazeta de Lisboa (século XVIII)

9 Números deste importante periódico (1747, 1757, 1758. 1760 e 1761.

Leal da Câmara - D. Carlos em Paris (1905)

Número especial da revista L’Assiette au Beurre, de 25 de Dezembro de 1905,

integralmente dedicado à visita do rei D. carlos a Paris, com caricaturas de Leal da

Câmara. Em excelente estado de conservação.

Reserva: 10€

Jornal anarquista português publicado em Espanha (1932)

Rebelião, nºs 1, 2 e 3, de 11, 15 de Abril e 15 de Junho de 1932. Raríssimo

jornal de emigrados políticos anarquistas em Espanha, ali publicado em lingua

portuguesa. Era editado pela Federação Anarquista dos Portugueses Exilados.

Colaboração de Roberto das Neves

Reserva: 15€

Gravura erótica inglesa (século XIX)

Bela gravura erótica colorida, inglesa, de meados do século XIX. Necessita de um

ligeiro restauro marginal.

Eleições presidenciais de 1949 (Norton de Matos)

Conjunto de documentos impressos e copiografados da Candidatura de Norton

de Matos, incluindo alguns a nível local, como Porto, Viana do Castelo, Coimbra,

cartazes, o Boletim da Comissão de Braga. Fundamentais param a história dessa

campanha eleitoral. Conjunto muito raro e difícil de reunir.

Reserva: 20€

José Régio – 1ª s edições

1ªas edições de;

O Vestido cor de fogo (1955) / A História da Rosa Brava (19--)/ Pequena História

da Moderna Poesia Portuguesa (1941)/ Benilde ou a Virgem mãe (1947)

Apreciada obra sobre Iconologia (1800)

Le petit trésor des artistes et des amateurs des arts. Paris An VIII de la République

(1800) , 3 volumes com, 135, 139 e 131 páginas, com cerca de 400 figuras gravadas em

talhe doce no texto. O autor foi Jean-Baptiste Huet. Esta obra foi muito utilizada

tanto pera os artistas que queriam compor as suas obras, como pelos que pretendiam

descodificar as obras de arte. 1ª edição, muito invulgar.

Reserva: 25€

A Martinhada (manuscrito do século XVIII)

A Martinhada, poema erótico e satírico da autoria de António Camões Souto Maior

(1694? – 1739), Juiz do Crime, Corregedor do Bairro do Rossio e sócio da Real

Academia da História. Conhecido como «Camões do Rossio», tornou-se célebre

pelas suas poesias satíricas e obscenas, da qual A Martinhada, dedicada a Frei

Martinho de Barros, Confessor de D. João V, foi a mais notória. Circulou

manuscrita antes de ter sido impressa em 1814. No frontispício, como era habitual

neste tipo de publicações, surge um local fictício de impressão: Chipre (1814, 21

páginas, com três gravuras). Mas, no interior, revela o local exacto: «Printede by

TC Hansard, Peterborough-court, Fleet-Sreet, London». Este exemplar

manuscrito, em letra muito legível e com uma portada desenhada e colorida, data

de finais do século XVIII. Para além disso, apresenta no final notas explicativas,

que ajudam a compreender personagens e referências. Nestas circunstâncias é

uma notável peça que enriquece qualquer coleção erótica portuguesa.

Reserva: 100€

Maçonaria

Quatro raras publicações:

- Anuário da Loja Invicta, do Porto, com a descrição dos seus trabalhos durante

os anos de 1930 a 1930. 273 Páginas. Publicação reservada e muito rara,

importante para a História da Maçonaria no Porto e em Portugal nos anos

anteriores à proibição de 1835.

- Contas da Loja Justiça (1897). Com os nomes de todos os membros da Loja.

Mensagem do Conselho da Ordem (1927)

- Manifesto da Loja Liberdade (1910)

Reserva: 10€

Cortes Constituintes de 1821

Três memórias apresentadas às Cortes Constituintes:

Memória sobre os Egressos e Translatos, Lisboa, 1921, 15 páginas/ Manifesto ou

memória Histórica do Monte Pio Literário, lisboa, 1921, 14 páginas / Memória sobre

os Laudémios, Porto, 1921, 15 páginas.

Importantes pra a História Política e Económica da época

Legislação pombalina sobre Lisboa (século XVIII)

Conjunto de 8 alvarás e cartas régias originais sobre fundação do depósito

público a Corte de Lisboa (1757), certificados de peças de seda fabricadas (1757),

extinção dos ofícios de Depositários da Corte (1751), instruções para servirem de

regimento aos recebedores e escrivães da Alfândega de Lisboa (1756), criação da

Nova Junta para a Administração da Fazenda do Senado da Câmara de Lisboa

(1773), extinção da Alcaidaria mor da cidade de Lisboa (1769), isenção de direitos

aos legumes que entrarem em Lisboa 1757), ordem ao Presidente do Senado da

Câmara de Lisboa que mande fabricar na Ribeira de Lisboa a obra delineada no

plano e projecto do Conde de Oeiras (1765), confirmação dos métodos para a

formalidade e arrecadação do Cofre da Tesouraria Geral da Fazenda do Senado

de Lisboa (1770).